sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Uma Outra Geração (que não a minha)

Tudo começou com uma jovem universitária perdida na Avenida da República que, mais tarde soube, que procurava a Direção Geral do Ensino Superior.
No prédio do escritório onde trabalho existe um segurança e não sei porquê, muitos são aqueles que lhe pedem auxílio quando estão perdidos, o que foi o caso desta jovem estudante. A eua onde fica o que procurava, ele conhecia, mas o local certo do edifício para ele era desconhecido, bem como por aqueles que iam entrando e saindo do prédio. O meu colega ao perceber que a rapariga estava angustiada, pediu para subir e falar comigo para que eu pudesse localizar o edifício no pc. 
Assim fiz. Imprimi o mapa e expliquei onde estamos e como chegar ao edifício (era só atravessar a Avenida e andar uns metros). Pela expressão da rapariga, percebi, que não tinha compreendido. Confessou-me que conhecia mal Lisboa e quando vinha era sempre acompanhada. Pedi ao segurança que a ajudasse no exterior do nosso prédio e lhe mostrasse onde tinha de atravessar e por onde tinha de seguir. 

No escritório comentamos com outros colegas o que se tinha passado. Todos com 10/12 anos já andávamos sozinhos de transportes para longe da área de residência, sem nos perdermos. 
Eu ia de São João da Talha até à Rua dos Anjos ou até à Rua Passos Manuel. 

A culpa desta nova geração ser assim é dos pais (como afirmou uma colega, assumindo a culpa de fazer mesmo com os filhos). De tanto tentarem proteger os filhos, não os preparam para viver. 


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